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19 de julho de 2014

Notícias :: Sarau – Vida e Obra de Rui Ribeiro Couto


Sarau no Hotel Chácara do Mosteiro em 19.07.14 - Vida e Obra de Rui Ribeiro Couto.
Foi um momento cultural maravilhoso onde tivemos a oportunidade de ouvir, sentir e se emocionar com as maravilhosas poesias do poeta.





Um pouco mais sobre Ribeiro Couto
 Nasceu em Santos, São Paulo, em 12 de março de 1898, filho de José de Almeida Couto e de Nísia da Conceição Esteves Ribeiro, portuguesa da ilha da Madeira.

 Aos quatorze anos de idade, começou a trabalhar como guarda-livros em uma firma exportadora de café, cujos donos o matricularam na Escola de Comércio José Bonifácio, em Santos. Data desse mesmo período a sua estréia na imprensa local.

• Em 1915, mudou-se para São Paulo. Matriculou-se na Faculdade de Direito, foi revisor do Jornal do Commercio e colaborador do Correio Paulistano.

 Em 1918, obtém o primeiro lugar em concurso literário promovido pela revista A Cigarra. Transfere-se para o Rio de Janeiro.Menina e Ribeiro Couto. Aparecida do Norte, 1924.

 Terminou os estudos jurídicos na Faculdade de Direito do Distrito Federal. Trabalha como repórter na Gazeta de Notícias e começa a freqüentar os meios intelectuais. Conhece Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Coelho Neto. Aproxima-se de Álvaro Moreira, Ronald de Carvalho e Raul de Leoni.

 Em 1920, convive com Manuel Bandeira, seu vizinho, na Rua do Curvelo em Santa Teresa, de quem se tornou amigo íntimo até o fim da vida.

 O seu primeiro livro de poemas, O Jardim das Confidências, escrito entre 1915 e 1919, é publicado em 1921. No ano seguinte, apesar de não ter participado da Semana de Arte Moderna, mantém intenso contato com os modernistas, e publica dois volumes de contos: A Casa do Gato Cinzento e O Crime do Estudante Batista.

 Por motivo de saúde, mudou-se, ainda em 1922, para Campos de Jordão onde residiu até 1924.

 Exerceu, nos quatro anos seguintes, os cargos de delegado de polícia e promotor público em várias cidades serranas de Minas e São Paulo: São Bento de Sapucaí (SP), Cunha (SP), São José do Barreiro (SP) e Pouso Alto (MG).

 Nesse mesmo período, publicou Poemetos de Ternura e de Melancolia (1924), A Cidade do Vício e da Graça (1924) e Baianinha e Outras Mulheres(1927), livro de contos premiado pela Academia Brasileira de Letras.

Rineiro Couto e Ana Jacinta Pereira• No início de 1925, o poeta casou-se com Ana Jacinta Pereira, que conhecera em São Bento de Sapucaí — provavelmente em 1923 — e a quem chamava de "Menina".

 Designado, em julho de 1929, para o posto de auxiliar de consulado em Marselha, aí residiu até 1931, onde também exerceu o cargo de vice-cônsul honorário.

 Em 1931, foi transferido para Paris, onde serviu como adido junto ao consulado geral. Por designação do Ministro Afrânio de Melo Franco, pai de seu amigo Afonso Arinos, foi nomeado Cônsul de 3ª Classe, ingressando formalmente na carreira diplomática. Data dessa época o romance Cabocla (1931).

 Por razões de serviço, regressou ao Rio de Janeiro em 1932. Entre 1932 e 1935, trabalhou no Itamarati, no Jornal do Brasil e publicou intensamente: Espírito de São Paulo, ensaio (1932); Clube das Esposas Enganadas, contos (1933); Noroeste e Outros Poemas do Brasil, poesia (1933); Província, poesia (1934); Presença de Santa Terezinha, ensaio (1934).

 Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 24 de março de 1934, na sucessão de Constâncio Alves (cadeira nº 26) e tomou posse em 17 de novembro de 1934, sendo recebido por Laudelino Freire. Reeditou o conjunto da sua obra poética sob o título de Poesia (1934).

 Nesse mesmo ano é promovido a 2º Secretário na carreira diplomática, sendo lotado em Haia, Holanda. Durante o período holandês, publicou o livro de crônicas Conversa Inocente (1935), o livro de viagem Chão de França (1934) e o livro de poemas Cancioneiro de Dom Afonso (1939). Em 1940, regressou ao Rio de Janeiro em conseqüência da ocupação alemã da Holanda. Logo ao chegar, publicou Prima Belinha, romance (1940) e Largo da Matriz, contos (1940). No ano seguinte foi promovido a 1º Secretário de Embaixada.

• Em 1943, foi indicado para a Embaixada em Lisboa, onde viveu até 1946. Publicou um livro de poemas, Cancioneiro do Ausente (1943), uma coleção de contos, Uma Noite de Chuva e Outros Contos (1944), e uma antologia poética, Dia é Longo (1944). Participou da assinatura do Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro. Separou-se de D. Ana Pereira, mas continuaram muito amigos, tendo mantido correspondência semanal pelo resto da vida. Terminado o período lisboeta, seguiu para Genebra, onde foi cônsul-geral por um ano, sendo promovido a Ministro Plenipotenciário de 2ª classe.Ribeiro Couto

 Foi designado Ministro Plenipotenciário na Iugoslávia em 1947.

 Elevado à categoria de embaixador em 1952, residiu em Belgrado até 1963, quando se aposentou aos 65 anos. Nesses onze anos, publicou nove livros: Entre o Mar e o Rio, poesias (1952); Barro do Município, crônicas (1956); Dois Retratos de Manuel Bandeira, ensaio (1960); Sentimento Lusitano, ensaio (1960); Histórias de Cidade Grande, contos (1960); Poemas Reunidos (1960); Longe, poesia (1961).

 Publicou também dois livros de poemas em francês: Rive Étrangère (1951) e Le Jour est Long (1958). Este último recebeu, em Paris, o prêmio internacional de poesia Les Amitiés Françaises, outorgado anualmente a poetas estrangeiros. Muitos trabalhos de Ribeiro Couto foram traduzidos para o francês, espanhol, italiano, húngaro, sueco, servo-croata.

 Nos últimos anos começou a perder a visão, e ao morrer estava quase cego.

 Faleceu em Paris, França, a 30 de maio de 1963, aos 65 anos, vítima de um enfarte fulminante.




 

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