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7 de novembro de 2015

Notícias :: 91° sarau poético – Vida de Menotti Del Picchia e Lampião


A Academia Vicentina de Letras, Artes e Ofícios Frei Gaspar da Madre de Deus, realizou seu 91° Sarau Poético, na sede da Casa do Barão - Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente.

Foi abordado a vida e a obra de Menotti Del Picchia conduzido com propriedade pela colega Deise Gianinni.

Um pouco de Menotti Del Picchia.
Paulo Menotti Del Picchia nasceu em 20 de março de 1892 na capital paulista.
Cursou Direito, formando-se em 1913. Nesta época publicou seu primeiro livro de poesias: Poemas do vício e da virtude, de conteúdo neoparnasiano. Trabalhou em diversos jornais e revistas, sendo redator e dirigindo alguns deles, como o Correio Paulistano, o semanário literário O Planalto e as revistas Papel e Tinta e a A Cigarra. Menotti Del Picchia participou ativamente da Semana de Arte Moderna em 1922, sendo não apenas um dos articuladores, como também arrebatado militante do movimento modernista brasileiro. Em 1924 criou, com Cassiano Ricardo e Plínio Salgado, o Movimento Verde e Amarelo, de tendência nacionalista. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1943. Além de se dedicar à carreira literária, Menotti Del Picchia foi artista plástico, deputado estadual e jornalista. Faleceu em 23 de agosto de 1988, em São Paulo.
Algumas Obras: Juca Mulato, Moisés, As máscaras, A revolução paulista, Salomé, A outra perna do Saci, A longa viagem.
Sofre, Juca Mulato, é tua sina, sofre...
Fechar ao mal de amor nossa alma adormecida é dormir sem sonhar, é viver sem ter vida....

O poema Juca Mulato de Menotti del Picchia, de 1917, é considerado uma das obras precursoras do Modernismo.

Para complementar o sarau,  a companheira escritora e poetisa Gelza Reis Cristo fez uma linda Performance de Lampião (Rei do Cangaço).
Para Gelza, falar de Virgulino Ferreira da Silva (o Lampião, 1897-1938) e do líder espiritual Antônio Conselheiro (1830-1897) é tocar em memórias profundas de sua infância em Adustina, antiga comarca de Paripiranga, no sertão da Bahia.
A região em que Gelza nasceu, cresceu e amargou com a fome e o analfabetismo até os 16 anos, a qual é conhecida como "Polígono das Secas", e aparece em livros que abordam o bando de Lampião (que atuou no Nordeste entre as décadas de 1920 e 1930) e a Guerra de Canudos (que durou de 1896 a 1897).

Mas foi na oralidade dos sertanejos e na literatura de ficção que os mitos de Lampião e Conselheiro ascenderam, e onde Gelza se debruçou para escrever o livro - Lampião é Filho de Santo Conselheiro – Cangaceirismo e Misticismo.

A escritora é membro da Academia Vicentina de Letras Artes e Ofícios "Frei Gaspar da Madre de Deus" e nela desenvolve várias atividades em grupo durante o ano.



 

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