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Notícias :: Água para Todos, Dignidade e Saúde – Revista Alto Astral


Eduardo Filetti

Médico veterinário, professor universitário, pós graduado em Saúde Pública e membro da Academia Santista de Letras e Academia de Letras e Artes de Praia Grande


Revista Alto Astral | Social
A Coluna Santos/SP
Outubro de 2025
Revista Alto Astral
Duval Capp
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Ecologia e Saúde


Água é o recurso natural mais importante da Terra. Sem comida podemos viver uns 30 dias, sem água média de sete dias.

É conhecida por ser um solvente universal, visto que pode dissolver, ao menos em pequenas quantidades, quase todas as substâncias que entram em contato. Cobre cerca de 3/4 da superfície da terra e compõe 72% do corpo humano.

Embora haja uma enorme quantidade de água, não podemos achar que ela é infinita. Cerca de 97 por cento está nos mares e oceanos, portanto impróprias para consumo humano.

Aproximadamente 3 por cento correspondem à água doce, sendo que dois por cento encontram-se em geleiras e icebergs, ficando à nossa disposição cerca de um por cento, sendo a maior parte encontrada no subterrâneo, em rios e lagos, o que dificulta a sua utilização pelo homem.

Por estas razões temos que cuidar da ‘pouca água’ que temos à disposição.

Na nossa região é que é uma das mais desenvolvidas do Brasil temos bairros e regiões que recebem pouca ou nenhuma água encanada.

No mundo existem cerca de 2,5 milhões de pessoas que não tem acesso às instalações sanitárias adequadas e sem água de má qualidade, sem tratamento, e com sério risco para a saúde.

No Brasil apesar dos avanços, milhares de pessoas utilizam água de má qualidade e sem tratamento.

Especialistas afirmam que o maior problema da má qualidade da água é a falta de saneamento adequado, além da falta de água potável.

Apenas 50 por cento dos gestores brasileiros passam por tratamento, o restante (residências, indústrias e escolas) são despejados brutos nos ecossistemas, o que corresponde a 5 bilhões de m³ por dia (cerca de seis mil piscinas olímpicas por dia).

Todos os dias morrem muitas pessoas por água poluída - contaminando o mundo.

Segundo relatório da ONU, pessoas com doenças relacionadas com a água faltam mais ao trabalho no mundo.

Muitos locais que não possuem água fornecida pela Estação de Tratamento, acabam tendo que usar água de poço, impactando nos sistemas de saúde pública e principalmente nas crianças.

Tratamento de água envolve muito investimento porém um excelente retorno em saúde pública.

O uso de água não potável pode ser fatal para a saúde humana e de animais, levando a óbito.

Décadas de exploração irracional de água, está bem ferrenha no Brasil, precisamos mudar este hábito de descuido.

Dados recentes do IBGE afirmam que 35 milhões de brasileiros não tem acesso à água encanada e cerca de 90 milhões não são atendidos por redes de esgoto.

Na maioria das partes do Brasil ainda persiste o problema da água, o problema da água é de má distribuição, porém a preocupação não é quantitativa mas o qualitativa. Além de ser cada vez maior o avanço da poluição dos rios, lagos, represas.

A ausência de tratamento da água implica em propagação de micro-organismos causadores de doenças e enfermidades ( cólera, febre tifoide, fungos, algas, bactérias, vírus, protozoários, vermes, ovos, larvas de inseto), hemintoses, etc.

A falta de água causa também a ineficácia à saúde. Porém é importante lembrar que a água além de micro-organismos patogênicos pode conter substâncias químicas tóxicas.

Devemos formar doenças de ordem física ou mental: por falta de água e alimentos, sobretudo para áreas de mananciais, e de reservatórios de abastecimento, tratamento adequado e eficiente, abastecimento projetado em reservatórios apropriados para não permitir que resíduos poluam a água e a fonte de captação de água.

Evitar desmatamentos e construções ilegais em mangues ou área de Mata Atlântica.

Eduardo Filetti

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