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8 de agosto de 2016

Notícias :: Sarau Poético homenageando a vida de Luiz Gonzaga


Sarau Poético - Vida de Luiz Gosnzaga
Sábado, dia 06/08 às 15 horas aconteceu mais um sarau poético na sede do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, onde foi abordado a Vida de Luiz Gonzaga. O atual vice-presidente da Academia Vicentina de Letras Artes e Ofícios Frei Gaspar da Madre de Deus, Olímpio Coelho de Araujo, interpretou e exibiu com seu violão as grandes obras do Rei do Baião. Em seguida teve a rodada de poesias onde os poetas declamaram  suas poesias e finalizamos com um saboroso lanchinho.

Luiz Gonzaga: conheça sua história e sua influência no nordeste!

Certamente você já ouviu falar, mesmo sem nem saber quem é, em Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, uma das figuras mais importantes da música popular brasileira. Ou talvez já tenha ouvido a famosa música Asa Branca, um dos maiores ‘hinos’ nordestinos. O “Embaixador do Sertão”, como era conhecido por muitos, foi um dos mais geniais instrumentistas que este país já viu e até hoje é lembrado por sua enorme contribuição à cultura brasileira, principalmente, por ser um dos criadores do Forró Pé de Serra. E neste post você vai conhecer a história de vida desse grande influente, que marcou época e pode ser considerado como “Rei”. Confira:

Origem

Luiz Gonzaga do Nascimento veio ao mundo em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, a mais de 600 km de distância de Recife, em Pernambuco. Criado no sertão nordestino, o menino cresceu vendo seu pai, Januário José dos Santos, trabalhar na roça e consertar sanfonas e instrumentos musicais para obter o sustento da família.
A curiosidade e a companhia de seu pai em diversas festas forrozeiras aguçaram ainda mais o interesse do garoto pela música típica de seu povo e, principalmente, pelo acordeão. Não tardou para ele aprender a tocar o instrumento e a se apresentar em bailes, forrós e feiras da região, junto com seu pai.

O grande sonho

O dinheiro arrecadado nos “shows” pelas comunidades rurais ajudava no sustento da família e, aos poucos, Luiz foi juntando alguns contos de réis para realizar seu grande sonho: comprar uma sanfona.
Entretanto, o instrumento custava caro – 120 mil réis. Mas um dos patrões da família, encantado com suas habilidades e talento, resolveu ajudar e lhe emprestou aquilo que faltava – metade da quantia – para o então garoto conquistar sua primeira sanfona.
Mudança de planos
O amor fez um dos mais respeitados sanfoneiros do agreste pernambucano mudar totalmente de vida e largar tudo. Gonzaga apaixonou-se por Nazinha, filha do Coronel Raimundo Milfont, um dos mais importantes da região. O casal chegou a namorar por um tempo às escondidas, porém o romance foi descoberto por sua mãe, Ana Batista de Jesus, ou “Mãe Santana”, que acabou lhe dando uma grande surra por tamanho assanhamento.
Triste e revoltado por não ter permissão para casar com a moça, Luiz Gonzaga resolveu fugir. Vendeu a sanfona e partiu para Crato, no Ceará, onde se alistou no exército e durante nove anos, por conta da Revolução de 1930, viajou por diversos estados brasileiros.

O início da carreira

Durante suas andanças, Gonzaga conheceu Domingos Ambrósio, um sanfoneiro que lhe ensinara a tocar os ritmos mais populares do sul do país, como valsa, fado, samba e tango. Em 1939, ele encerrou sua carreira militar e no Rio de Janeiro começou a se apresentar em bares e cabarés de zonas de prostituição cariocas. Ele também tentou a sorte por muitas vezes em programas de calouros, mas as apresentações com músicas estrangeiras não convenciam o público.
Em 1941, durante uma dessas apresentações, perguntaram a ele porque não tocava as músicas de sua região, que conhecia desde criança. Foi aí que tudo mudou mais uma vez! Em um programa do Ary Barroso, Gonzaga tocou Vira e Mexe, uma canção de sua autoria e com apelo nordestino. Não deu outra, o desconhecido rapaz ganhou notoriedade e conseguiu seu primeiro contrato com a Rádio Nacional.

O sucesso

Na Rádio Nacional, Gonzagão conheceu Pedro Raimundo, um sanfoneiro gaúcho, que usava trajes típicos de sua região. A partir daí o nordestino incorporou uma de suas marcas registradas e símbolo de sua terra: o traje de vaqueiro nordestino, sobretudo pelo chapéu, semelhante ao de Lampião, o Rei do Cangaço.
Reconhecido pelo público, Luiz Gonzaga não parou mais e fez do forró seu sobrenome. Dos anos 40 até a primeira metade da década de 50, ele fez shows pelo país afora para divulgar seu ritmo contagiante e tornou-se um dos artistas mais populares do Brasil.

O auge

Multi-instrumentista, cantor e compositor, um dos pioneiros do Forró Pé de Serra, do xote, do baião e do xaxado, Luiz Gonzaga ganhou o título de “Rei do Baião”.
E essa honraria não foi sem motivo. Ao lado do parceiro Humberto Teixeira, em 1947, compôs um dos maiores “hinos” nordestinos, a música Asa Branca. A composição foi o auge de sua carreira, que teve outros hits de enorme sucesso. Gonzaga gravou quase 200 discos e teve mais de 30 milhões de cópias vendidas.
Com sua lendária sanfona branca, a Sanfona do Povo, Gonzagão tocou ao lado de diversos artistas, inclusive para o Papa, durante uma visita à Fortaleza. Ele também era admirado por grandes nomes da música brasileira, como Dorival Caymmi, Raul Seixas, Gilberto Gil e Caetano Veloso, estes dois últimos inclusive regravaram o clássico Asa Branca.

O fim

Após mais de 35 anos de carreira, diversos sucessos, milhões de discos vendidos, alguns amores, como Odaléia Guedes – com quem namorou e assumiu seu filho, Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, seu sucessor na música –, o Rei do Baião voltou para sua terra natal.
Lá, antes de falecer em 1989, aos 76 anos, ele conseguiu dar início ao Museu do Gonzagão, localizado no Parque Aza Branca (escrito assim mesmo, segundo ele, por superstição), às margens da BR-122, onde hoje há o maior acervo de peças pertencentes ao cantor, como sanfonas, peças de roupa, discos de ouro e fotografias de momentos marcantes de sua carreira.
Durante toda sua célebre trajetória, Gonzagão arrastou multidões, deu voz ao povo nordestino e consagrou o Forró Pé de Serra, o ritmo vindo de sua terra, para o mundo.
Até hoje o Rei do Baião recebe diversas homenagens, como nome de usina hidrelétrica, selo comemorativo, filme – Gonzaga – De pai para filho, que narra sua relação com Gonzaguinha – e tema de enredo de escola de samba campeã do Carnaval carioca de 2012.
fonte: blog aldemario coelho (aldemariocoelho.com.br/blog)

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